O clima entre o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e o ex-governador Garotinho (PR), é de frustração. Segundo fontes do Blog, o motivo é o não cumprimento – por parte do Bispo – de acordos firmados em 2016.
Isso porque, antes das eleições municipais, o acordo entre Crivella e Garotinho era de que o PR indicaria o vice-prefeito e teria uma secretaria. A pasta comandada por Clarissa Garotinho, entretanto, não estaria na cota do ex-governador e nem na do PR, já que a deputada pertence ao quadro político do PRB.
Inicialmente, Crivella entregou a Secretaria de Transportes ao vice, Fernando Mac Dowell, que integrava o PR à época. O imbróglio começou em julho deste ano quando Mac Dowell deixou o partido.
Desde então, Garotinho espera que Crivella mantenha o acordo e disponibilize no quadro municipal a secretaria prometida ao partido, podendo ser a própria pasta de Transportes ou outra a critério do prefeito.
Além desse acordo, Garotinho também espera o apoio negociado junto ao PRB à sua própria candidatura ao Governo do Estado. Ao que parece, contudo, Crivella vem fazendo cara de paisagem e ignorando os acordos pré-eleitorais.
Essa inércia aparente de Crivella para honrar compromissos com o PR, tem deixado Garotinho impaciente e inconformado, pois foi um dos grandes aliados do PRB na eleição vitoriosa do republicano na disputa pela Prefeitura.
Nesta quinta-feira, 19, Garotinho está mobilizando uma grande reunião no Rio de Janeiro com o propósito de demonstrar força política e contrapor o anúncio do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), sobre a pré-candidatura do ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao Governo do Estado.
Resta saber como a pendenga entre Garotinho e Crivella poderá influenciar no emaranhado político-eleitoral para o ano que vem.
Uma coisa é inegável: com a fragilidade do PMDB estadual, a união entre Crivella e Garotinho, PR e PRB, poderia ou pode (quem sabe?) ser o divisor de águas da política no Estado, unificando o voto evangélico e conservador do Rio. A conferir!