Foram aprovados na manhã desta quarta-feira (11), na Câmara Municipal de Macaé, dois requerimentos pedindo informações sobre as licitações para a construção de novas escolas para a cidade. Ambos têm igual teor e são de autoria do presidente Cesinha (Solidariedade), mas foram direcionados a secretarias diferentes: Educação e Obras. O intuito é saber quantos são os processos e quais já estão em execução.
O presidente manifestou preocupação com a demora no andamento dos processos. “Faltam dois meses para terminar o ano e ainda não vimos a agilidade necessária para o atendimento de 3 a 5 mil novos alunos que devem ingressar na rede municipal em 2024”.
Para Cesinha, a educação tem pressa, pois faltam salas de aula e profissionais de educação. “Temos que pensar em alternativas: contratar uma empresa de projetos; construir escolas pré-moldadas; publicar um novo concurso ou mesmo encontrar uma maneira legal de chamar os que foram aprovados por último”.
Iza Vicente (Rede) frisou o impacto de uma educação que não se planeja para o crescimento a longo prazo. “Hoje temos 42 mil estudantes na rede municipal, o que impacta diretamente quase um quarto das famíliasmacaenses”. Rafael Amorim concordou: “Precisamos de mais escolas, profissionais e inclusão efetiva”, disse lembrando a situação dos alunos com deficiência que estão sem auxiliar em sala de aula.
Sobrecarga de projetos
O líder do governo, Luciano Diniz (Cidadania), informou que há 147 projetos em execução na Secretaria de Obras. “Fizemos um pedido de contratação de empresa especializada nesse tipo de planejamento, pois não há falta de recursos. A pasta é que não consegue dar conta de novos projetos, pois os seus técnicos estão sobrecarregados”. Diante do parecer negativo para a contratação da empresa, Luciano fez um apelo de revisão jurídica.
Mais que educação
Cesinha ainda mencionou a falta de climatização nas escolas, que atrapalha o desempenho de educadores e estudantes. Rafael destacou o quanto a rede escolar é fundamental para jovens e crianças, também devido ao fornecimento de alimentação e de rede de apoio. Paulo Paes (União Brasil) aproveitou para defender que a Educação tenha uma comissão própria de licitação para acelerar os trâmites administrativos.