Quase um mês depois de ter sido eleito prefeito de Macaé, Welberth (Cidadania) ainda não fez o anúncio oficial de todo o secretariado que vai assumir com ele o Governo Municipal a partir de 1 de janeiro. Alguns fatores, entretanto, são apontados como fundamentais para essa aparente ‘demora’.
O primeiro deles é o tempo mais curto entre o dia da eleição, 15 de novembro, e o dia da posse, 1 de janeiro. Isso porque, em função da pandemia, o TSE e o Congresso decidiram atrasar em mais de 30 dias (a data original do primeiro turno antes era o dia 4 de outubro) a realização do pleito.
Outro ponto é que, diagnosticado com Covid e obrigado a estar em quarentena por 14 dias, Welberth também teve que desacelerar as conversas com pessoas cotadas a assumirem pastas nos Governo. O prefeito eleito, apesar dos sintomas brandos, tem se limitado a trabalhar pelo telefone, focando na equipe de transição.
Por último, e o mais relevante politicamente de todos estes ingredientes, está a disputa pela presidência e mesa diretora da Câmara. Isso porque, a maioria dos vereadores eleitos que anda fazendo juras de amor ao candidato a chefe do Legislativo favorito, aguarda uma ‘aceno’ do Governo para embarcar de vez na situação.
Na prática, a ‘rádio corredor’ cita um grupo forte que está tentando fincar o pé no Câmara e na Prefeitura. O prefeito eleito, pitaco do Blog, parlamentar experiente que é, precisa avaliar a conjuntura com frieza e velocidade antes que vire refém do grupo A ou B, dificultando seu início de Governo – que já terá de lidar com a pandemia e suas consequências. Nunca é demais lembrar o que aconteceu com a falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo Federal.
Isso sem falar em quem nem desocupou o quarto andar ainda, mas não vê a hora de voltar, né não?!