Mesmo sendo um dos maiores bairros de Macaé, o Lagomar ainda enfrenta problemas básicos, principalmente no abastecimento de água. Esse foi um dos temas questionados pelos moradores, neste sábado (11), na Câmara Itinerante. O projeto do Legislativo de Macaé foi solicitado por Amaro Luiz (PRTB) e contou com representantes do Executivo.
Amaro enfatizou que a prefeitura tem se esforçado para que a água chegue em todas as casas. “Esse é um problema do governo estadual. Há anos, aguardamos que a Cedae faça os investimentos necessários, pois nosso objetivo é que os cidadãos vivam com dignidade”, disse.
Para o presidente Cesinha (Solidariedade), a Câmara Itinerante reforça a participação popular nas decisões do governo. “A gente sabe que, muitas vezes, não é possível estar presente nos eventos do Legislativo que acontecem durante a semana. Por isso, fico feliz em ver tantas pessoas nesta manhã. Vamos acompanhar de perto todas as cobranças feitas.”
Rond Macaé (Patriota) e Edson Chiquini (PSD) também estiveram presentes, além de equipes das secretarias de Habitação, Mobilidade Urbana, Saúde e Ordem Pública.
Abastecimento de água
Há 27 anos no bairro, Jorge Bastos chegou a ser presidente da associação de moradores e acredita que só haverá água no Lagomar quando for construída uma Estação de Tratamento de Água (ETA). “A gente lamenta por ser uma questão que até hoje não foi resolvida. Sou testemunha de que muitas melhorias aconteceram, mas esse serviço essencial não chega para as famílias.”
Saúde
Mãe de uma criança autista, Delvânia Alves Ferreira de Castro não escondeu a emoção durante a fala. Ela denunciou diversos problemas na rede pública de saúde. “As fraldas que a prefeitura entrega são de péssima qualidade. Faltam remédios e não conseguimos os tratamentos necessários. Espero mais do que uma propaganda bonita”
Um ponto positivo se deu quando o assunto foi a UPA do Lagomar. Com funcionamento 24 horas por dia, a unidade recebeu o reforço de pediatras há alguns meses e também passou a ser habilitada para receber recursos estaduais. Lideranças da comunidade pediram ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF), que hoje conta com quatro unidades.