Carregando...

EstadoGeralMacaé

Macaé: direção do Hospital São João Batista avalia suspender atendimentos pelo SUS. Veja o motivo!

A grave crise financeira que assola o Estado do Rio nos últimos anos teve como epicentro a zona produtora de petróleo. Com menos recursos, municípios do entorno de Macaé vem enfrentando problemas ainda maiores que antes em setores básicos da administração.

E é justamente o caso da Saúde. O HPM, por exemplo, é uma espécie de Hospital Regional há muito tempo, atendendo há cerca de 20 cidades. Mas, com a crise, a conta ficou ainda vez mais cara para Macaé. Como resultado imediato a dificuldade do Governo em honrar outros compromissos do sistema público.

E o efeito dominó – apesar das boas notícias da economia dos últimos dias, sobretudo, relacionadas à retomada da força da indústria do petróleo a partir de 2018 – começa a fazer vítimas. De acordo com fontes do Blog, na última sexta-feira, 20, uma reunião entre diretores do Hospital São João Batista e a secretária de Saúde, Idelzita Lisboa, aconteceu e as notícias são preocupantes.

A equipe médica que comanda a Irmandade anunciou que a partir de novembro será obrigada a suspender o atendimento público e gratuito oferecido à população. O motivo é que há um ano a Prefeitura não estaria conseguindo fazer os repasses para a instituição – única na região que atende gratuitamente a pacientes com câncer.

O HSJB tem 150 anos de existência e é um hospital filantrópico. Na prática isso significa que para continuar isento de inúmeros impostos e taxas, a Santa Casa precisa oferecer pelo menos 60% de atendimento gratuito à população – o que é feito via SUS.

Contudo, nos últimos 4 anos, depois de uma intensa mobilização popular e política, a Prefeitura firmou convênio com a instituição e passou a contratualizar com o Hospital. Isso quer dizer que o Governo eh quem paga a maior parte do valor de atendimento pelo paciente.

Segundo informações extra-oficiais, esse acordo – celebrado em 2013 – permitiu aumentar em R$ 1 milhão por mês a arrecadação do hospital. Mas, sem este repasse, a manutenção dos serviços fica invibializada, já que o que o Governo Federal paga pela tabela do SUS é insuficiente.

O encontro entre diretores do HSJB e a secretária ocorreu na sede da própria secretaria e um vereador da bancada do Governo também teria participado. A decisão da direção da Santa Casa já teria sido anunciada, inclusive, ao prefeito, Dr. Aluízio (PMDB). Agora resta saber como o Governo Municipal solucionará este impasse antes que centenas de pessoas sejam prejudicadas.