O primeiro debate na TV entre os candidatos ao Governo do Estado, que reuniu 8 postulantes ao cargo na Band Rio ontem, 16, não trouxe grandes novidades em termos de propostas e posturas, mas deixou claro qual será o desenho eleitoral neste início de campanha.
Os três principais – ao menos mais tarimbados – nomes da disputa mostraram o que se esperava deles: Romário (Podemos) tentou conduzir o debate para a questão da corrupção, defendendo ser ficha limpa, e manteve um tom mais tranquilo.
Por sua vez, Garotinho (PRP) atacou frontalmente a Eduardo Paes (DEM) e mencionou em todo o tempo ações de sua gestão em comparação as de Sérgio Cabral e Pezão (ambos do MDB).
Já o ex-prefeito do Rio procurou se defender sem ser muito ácido, revidou a Índio da Costa (PSD) e a Garotinho em algumas ocasiões, mas preferiu esquivar-se sobre as sucessivas tentativas de ter sua imagem associada a de lideranças emedebistas.
Marcia Tiburi (PT) cumpriu tabela. Sua candidatura é apenas uma tentativa do partido de não perder ainda mais espaço político num Estado onde tradicionalmente sempre teve muitas dificuldades de crescer.
Tarcício Motta (PSOL) não mostrou nada novo ou diferente da cartilha de esquerda a qual defende e pela qual se tornou conhecido do grande público nas últimas eleições. Mas, manteve coerência e lucidez na defesa de suas políticas.
Pedro Fernandez (PDT) e Wilson Witze (PSC) não comprometeram. O deputado e o ex-juiz federal se posicionaram sem aparentar medo dos 3 principais nomes da mesa de debates. Não foram brilhantes, mas ocuparam seus espaços.
As cartas estão na mesa. Ficou evidente que Garotinho e Índio estão alinhados; que Eduardo Paes sofrerá pelo passado político; que Romário buscará se manter longe de polêmicas por hora e que os demais vão apenas ser figurantes ao longo do processo. E que a Segurança Pública vai nortear a campanha!