José Vieira Rangel, o Zé Mengão, uma das figuras mais populares de Macaé, faleceu na manhã deste domingo, 5, vítima de um câncer contra o qual lutou por cerca de 10 anos. O corpo está sendo velado no Memorial Mirante da Igualdade e será sepultado às 17h, no Cemitério de Sant’ Anna.
O prefeito, Dr. Aluízio (sem partido), decretou luto oficial de 3 dias na cidade. Zé Mengão, na década de 50, ainda jovem e recém chegado a Macaé, começou a trabalhar no Bar Imperatriz. Localizado na rua da Praia, o estabelecimento logo passou a ser conhecido como o bar que nunca fecha, já que ele mandou retirar todas as portas do imóvel, que estava aberto a todos que quisessem tomar um café acompanhado de um bom bate-papo.
Nessa época, todo o movimento da cidade se concentrava na Rua da Praia e próximo ao prédio da Câmara Municipal, onde também funcionava a Prefeitura. Na Barra, vivam os pescadores e suas famílias, e os bairros Cajueiros, Miramar, Visconde e Aroeira eram formados pelos funcionários da linha férrea. A BR-101 ainda nem existia e o percurso de Campos até o Rio de Janeiro era feito pela Rodovia Amaral Peixoto, a RJ-106, sendo próximo ao Imperatriz o ponto final dos ônibus que vinham para Macaé.
Após quase duas décadas na rua da Praia, Zé Mengão se muda para a Avenida Rui Barbosa e se torna o ponto de encontro de macaenses. A vida política da cidade era discutida ali. O fechamento do Bar do Zé Mengão aconteceu em 2010 e deixou um vazio para quem conheceu Macaé bem antes de todo aparato tecnológico que existe hoje.