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Silva Jardim

Travessia de onça-parda em viaduto vegetado na BR-101 é flagrada em Silva Jardim

Câmeras de segurança da Arteris Fluminense, concessionária responsável pela BR-101, flagraram, nessa semana, a travessia de uma onça-parda (Puma concolor) sobre um viaduto construído sobre a via, na altura de Silva Jardim.

Construída para permitir o deslocamento seguro dos animais por cima da BR-101, a estrutura está localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João, e conecta duas unidades de conservação, a Reserva Biológica de Poço das Antas e o Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado, reserva particular gerida pela Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD).

Divulgado nas redes sociais da Arteris, o vídeo, capturado por armadilha fotográfica, mostra o momento em que o animal passa pela câmera no meio da noite, com direito a uma pose para o “close”, antes de seguir caminho.

Concluída em 2020, a construção do viaduto vegetado é parte das medidas de compensação ambiental pela duplicação da BR-101, visando reduzir os impactos da rodovia na travessia de animais silvestres.

A estrutura funciona como uma das passagens de fauna instaladas ao longo de 72 quilômetros (km) da BR-101, entre as cidades de Casimiro de Abreu e Rio Bonito, trecho que conta ainda com 15 túneis destinados a animais terrestres e outras 10 passagens aéreas entre árvores dos 2 lados da pista.

O objetivo das estruturas é induzir os animais para longe da rodovia, permitindo que eles possam se deslocar entre as reservas com maior segurança, conectando habitats e reduzindo os riscos de atropelamentos.

Desde sua inauguração em 2020, o viaduto já foi utilizado por espécies como o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e o lagarto teiú (Salvator merianae), entre outros animais.

Apesar de já ter sido uma espécie considerada extinta no Rio de Janeiro, as onças-pardas têm sido vistas com mais frequências no Estado nos últimos anos, com aparições em Maricá, Visconde de Mauá, Niterói, e outras localidades da Região Serrana e na Zona Oeste da capital.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), algumas das principais ameaças à espécie incluem a fragmentação de habitats, caça e atropelamentos, lembrando que a espécie foi classificada como “Vulnerável à Extinção” em 1998 no Estado do Rio.

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