O prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (PSDB), parece ter aproveitado o momento de pandemia e isolamento social para criar a versão municipal do Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS) – órgão utilizado durante o Estado Novo e o regime militar no Brasil.
Explico: o chefe do Executivo macaense, a exemplo de seu líder político no PSDB, o governador de SP, João Dória, vem transformando o distanciamento social (que deveria ser uma orientação, não medida adotada por Decreto) em uma espécie de ‘mandado de prisão domiciliar’. Mas, neste caso, contra cidadãos que não cometeram qualquer crime.
Neste sábado, 9, na rede social de onde costuma ‘despachar’, Dr. Aluízio – bem longe da previsão feita por ele de 2.500 óbitos – admitiu que há sete dias a cidade não registra nenhuma morte por COVID-19. Além disso, segundo o próprio prefeito apenas 30% das UTIs estão ocupadas por pacientes com coronavírus.
Apesar deste cenário, o prefeito instituiu uma verdadeira ‘caça’ aos macaenses. Hoje mesmo mandou uma ‘força-tarefa’, que mais faz lembrar o DOPS, acabar com dois churrascos e interditar um depósito de bebidas. A tal ‘central X-9’ recebe denúncias sobre este tipo de ‘crime’.
No regime comandado por Dr. Aluízio, parece ter se tornado ‘crime’ comer carne e beber cerveja. Tudo em nome de um exagero político que precisa ser agora sustentado. Nem Maduro seria tão estratégico.