Conforme antecipado pelo Blog, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (sem partido), foi um dos convidados nesta terça-feira, 26, para participar de um painel promovido pelo jornal Valor Econômico sobre a indústria do petróleo no Rio Oil & Gas – um dos principais eventos do setor no mundo.
Ao lado do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), Dr. Aluízio abordou diversos assuntos. Contudo, após seis anos comandando a Prefeitura de um dos municípios mais importantes para o setor, o chefe do Executivo macaense defendeu que a discussão precisa ser mais ampla.
“Transformar petróleo e gás em sinônimo de royalties é um grande equívoco na minha opinião. Há que se discutir a atividade do petróleo porque o horizonte do petróleo é muito maior que royalties”, disse.
Na sequência, o prefeito defendeu que reduzir a indústria apenas a discussão dos royalties é ainda aceitar o discurso da ‘maldição do petróleo’ – o que, segundo ele, não existe.
“O que existe é a deturpação da atividade do petróleo e gás; a má aplicação dos recursos porque qualquer dinheiro público mal empregado não é uma maldição, mas uma perdição”, resumiu.
Em outro momento que merece registro, Dr. Aluízio apontou não haver sentido em criar fundos com os recursos dos royalties pensando no futuro uma vez que existem necessidades imediatas nas cidades e no Estado hoje.
“Não se pode abrir mão de fazer saneamento básico com dinheiro dos royalties. O Rio hoje possui um passivo infinito. Em Macaé, 40% do esgoto não é tratado. Não podemos transformar isso numa missão infinita do poder público. Por isso que o royaltie deve ser receita agregada”.