O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) teve seu registro de candidatura indeferido pelo TRE e posteriormente pelo TSE. Contudo, como as decisões só foram dadas após o último dia 19 de setembro, quando o sistema de inseminação das urnas eletrônicas já havia sido feito, o nome e o número dele constarão para a votação.
Na prática isso quer dizer duas coisas: muita gente desinformada, mas que é eleitora de Garotinho, deverá dar seu voto a ele no próximo domingo, 7. E isso significa que estará anulando ou mantendo seu voto armazenado até que se esgotem todas as vias de recursos que o ex-governador está utilizando na tentativa de reverter seu indeferimento pela Lei da Ficha Limpa.
Mais importante que isso, no entanto, é entender que, caso Garotinho tenha uma votação expressiva (repito, apesar do indeferimento de sua candidatura), e a decisão do TSE seja mantida e os votos anulados, o chamado coeficiente eleitoral cairá e a eleição para governador poderá ser definida ainda em primeiro turno.
Entretanto, esse é um cenário improvável, apesar de possível. Isso porque, segundo a mais recente pesquisa do Ibope e já sem Garotinho, divulgada ontem, 3, Eduardo Paes (DEM) lidera a corrida com 26% das intenções de votos, seguido de Romário (Podemos) que aparece com 19%. Contudo, os demais candidatos, juntos, somam 52% – o dobro do que tem hoje o ex-prefeito do Rio.