O restaurante Galleria Gastrobar, em Rio das Ostras, promove nessa quinta-feira, 29, mais uma edição do Festival de Nhoque da Fortuna, que acontece todo dia 29 de cada mês, homenageando uma lenda que teria se fortalecido na América do Sul.
Localizado na Avenida Atlântica, 33, no Recreio, entre o Emissário e a Lagoa do Iriry, o restaurante celebra a cultura italiana, temperada com a influência capixaba de uma de suas sócias, a chef Penhamara Araújo Lima, que fala sobre o evento.
“O Nhoque da Fortuna é mais do que um prato, é uma celebração da generosidade e da fé na abundância”, diz ela, revelando que “aqui no restaurante, mantemos essa tradição viva, misturando o sabor italiano com o toque capixaba, que é a nossa identidade. É uma forma de honrar nossas raízes e oferecer algo especial aos nossos clientes”.
De acordo com o Galleria Gastrobar, os pratos de nhoque no restaurante custam entre 40 e 90 reais, dependendo da combinação de ingredientes e do molho escolhido, muito variados e sempre frescos, como conta a outra sócia do lugar, a chef Silvia Stanzani.
“Nossos nhoques são preparados com ingredientes frescos e locais. Temos opções que vão desde a batata roxa, batata inglesa, aipim, até a banana da terra, cada uma trazendo uma textura e sabor únicos. Para acompanhar, oferecemos uma variedade de molhos que incluem branco, pomodoro, manteiga de sálvia, bolonhesa, caprese, e in mare”, detalha Silvia Stanzani.
Além da experiência culinária, o Galleria Gastrobar também oferece aos clientes a chance de seguir a lenda que deu origem ao festival, permitindo colocar uma moeda sob o prato antes de comer, acreditando que o gesto trará sorte e prosperidade.
Como toda lenda, existem muitas versões sobre a origem do Nhoque da Fortuna (ou Gnocchi dela Fortuna, em italiano), mas o site Itália Viagem conta que a tradição não veio da Itália, mas foi trazida para o Brasil nos anos 1970, vindo da Argentina, que, diga-se, tem grande presença de imigrantes italianos.
De toda forma, diz a lenda que tudo teria nascido em um pequeno vilarejo italiano, no século IV, onde o médico Pantaleão de Nicomédia, canonizado pela Igreja Católica como São Pantaleão, bateu na porta de uma família humilde quando estava faminto.
Apesar da desconfiança e da escassez em que vivia, a família recebeu o andarilho e compartilhou a pouca comida que tinha, que rendeu exatos 7 pratos de nhoque para cada um dos presentes, encontrando, depois da partida do visitante misterioso, muitas moedas de ouro que tinham sido deixadas debaixo dos pratos.