Projeto de Lei quer garantir atendimento remoto com intérprete de Libras em repartições públicas de Macaé

Projeto de Lei quer garantir atendimento remoto com intérprete de Libras em repartições públicas de Macaé

A Câmara Municipal de Macaé deu mais um passo rumo à inclusão social e à acessibilidade. O Projeto de Lei nº 012/2025, de autoria da vereadora Manu Rezende (CID), que versa sobre a obrigatoriedade de atendimento remoto com intérprete de Libras nos órgãos públicos municipais, foi protocolado, discutido em primeira votação e agora segue tramitando nas comissões permanentes da Casa.

A expectativa é que a proposta volte ao plenário para segunda discussão e votação no dia 20 de outubro. O texto propõe que todas as repartições públicas de Macaé, incluindo unidades de saúde, escolas, recepções e demais setores de atendimento ao cidadão, disponibilizem acesso remoto a um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A medida busca eliminar barreiras de comunicação e garantir atendimento digno e acessível às pessoas surdas e com deficiência auditiva. Segundo a justificativa do projeto, Macaé possui uma comunidade surda atuante e organizada, representada por duas associações locais que lutam por reconhecimento e inclusão.

“A proposta é um passo essencial para assegurar igualdade de condições no acesso aos serviços públicos”, afirmou Manu Rezende, ressaltando que a iniciativa “coloca Macaé em sintonia com as melhores práticas de acessibilidade adotadas em outras cidades do país”.

Tecnologia a favor da inclusão

A vereadora defende que o atendimento remoto é uma alternativa moderna, viável e eficaz para ampliar o alcance dos serviços públicos. O cidadão surdo poderá interagir em tempo real com um intérprete de Libras por meio de videochamada, sem precisar depender da presença física de um profissional no local.

O projeto também prevê a possibilidade de agendamento de intérprete presencial em casos específicos, garantindo um atendimento mais completo quando o recurso remoto não for suficiente.

“Nosso objetivo é garantir autonomia e dignidade para todos os cidadãos. O direito de ser atendido e compreendido é básico — e o poder público precisa estar preparado para isso”, reforçou Manu Rezende.

Se aprovado em definitivo, o projeto transformará Macaé em referência regional em acessibilidade comunicacional, promovendo mais inclusão e respeito à diversidade. A segunda votação no plenário está marcada para o dia 20 de outubro, e a expectativa é de ampla aprovação entre os vereadores.