Daniel Galvão
Índice
• Prisão de Collor: espetáculo ou justiça seletiva?
• Escândalo bilionário no INSS: o silêncio que incomoda
• Lula evita o assunto e age como espectador
• Bolsonaro internado e a narrativa da mídia
• Comparativo: Collor, INSS e o que realmente importa
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Prisão de Collor: espetáculo ou justiça seletiva?
A prisão de Fernando Collor, determinada pelo STF, domina as manchetes desde ontem, 25. A decisão, embora legal, surge em um momento estratégico e levanta questionamentos sobre o verdadeiro objetivo da sua espetacularização. Isso porque, ao mesmo tempo, o escândalo bilionário no INSS, que envolve mais de R$ 6 bilhões desviados e provocou o afastamento do presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, é ignorado pelas autoridades e pela imprensa tradicional.
Escândalo bilionário no INSS: o silêncio que incomoda
Enquanto o país assiste o anuncio da decisão que deve levar a prisão um ex-presidente por crimes antigos, um esquema atual de corrupção silenciosa drena bilhões da Previdência Social. O desvio afeta diretamente aposentados e pensionistas, e expõe a fragilidade da gestão pública — mas a mídia e o próprio Governo parecem querer abafar o caso.
Lula evita o assunto e age como espectador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou qualquer posicionamento claro sobre o rombo no INSS. Nenhuma coletiva, nenhuma responsabilização, nenhum plano emergencial. Ao contrário: seu Governo age como se o problema fosse menor que a prisão de Collor — o que não é verdade. O silêncio de Lula não é apenas estratégico, é cúmplice da desinformação.
Bolsonaro internado e a narrativa da mídia
Enquanto isso, há 15 dias o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado para uma nova cirurgia. Ao contrário do que tentam sugerir, não se trata de rotina médica. A condição de saúde é séria e inspira cuidados. Mesmo assim, setores da imprensa se aproveitaram do momento para construir uma narrativa política, distorcendo a realidade e usando o caso como espetáculo.
Collor, INSS e o que realmente importa
O que merece mais atenção? A prisão simbólica de Collor ou o impacto direto do escândalo no INSS? Enquanto a Suprema Corte age com firmeza em casos antigos, o rombo atual nos cofres públicos permanece sem responsáveis identificados. A seletividade das ações do STF e da cobertura jornalística é evidente — e preocupante.
Estamos diante de uma clara cortina de fumaça. Collor (quase) preso, Bolsonaro hospitalizado e Lula em silêncio. Tudo isso serve para manter o foco longe da corrupção que acontece agora, no presente. O povo brasileiro paga a conta — e a conta está alta. É hora de romper com a distração e exigir responsabilidade, transparência e foco no que realmente importa.