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Macaé

Opinião: com contas rejeitadas pelo TCE, futuro político de Dr. Aluizio está agora nas mãos da Câmara. Entenda!

Acostumado a dar as cartas no jogo político macaense, Dr. Aluízio (PSDB) não contava com o fator ‘surpresa’: teve suas contas referentes a 2019 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), no último dia 2, e passou a depender da Câmara Municipal para não ser enquadrado na lei da ‘Ficha Limpa’ e ficar inelegível pelos próximos 8 anos – o que acabaria com o projeto de se candidatar a deputado federal em 2022 e disputar novamente a Prefeitura em 2024.

Somente ontem, 8, a Controladoria Geral do Município enviou ao Legislativo as contas do prefeito. E é aí que começa o dilema de Dr. Aluízio. Isso porque, o ainda chefe do Executivo dependerá da boa vontade do presidente da Câmara, Dr. Eduardo (Cidadania), em articular com os vereadores que votem favoravelmente e aprovem as contas neste ano de 2020.

Por outro lado, o que se diz nos corredores do Palácio Salvador Antunes é que o prefeito não conta hoje com os 12 votos a favor que precisa para impedir que as contas também sejam reprovadas no Legislativo. E o motivo é simples: durante a campanha, Dr. Aluizio aumentou sua coleção pessoal de adversários – alguns deles vereadores que o tucano fez questão de ‘matar’ eleitoralmente.

O maior ‘trunfo’ político de Dr. Aluizio na Câmara passa a ser Dr. Eduardo. Aliado desde o primeiro mandato do prefeito, o presidente da Câmara gozou de benefícios do Governo como cargos, indicações e até o comando das pastas de Saúde, Esporte e Cultura em períodos diferentes. Em troca, o Executivo aprovou tudo o que quis e precisou no Legislativo até aqui.

Vale lembrar que coube ainda a Dr. Eduardo articular a entrada de Célio Chapeta (PSDB) como vice na chapa encabeçada por Welberth (Cidadania). Agora, está nas mãos do presidente da Câmara colocar ainda este ano (ou não) em pauta a votação das contas de Dr. Aluizio.

Negociando cargos

E, segundo fontes do Blog, Dr. Eduardo – já anunciado como futuro secretário da Casa Civil – estaria negociando espaços no futuro Governo com vereadores descontentes com Dr. Aluizio e também não reeleitos. O problema é que o parlamentar estaria oferecendo cargos sem o conhecimento do futuro prefeito.

Neste caso, a conta política de uma aliança entre Dr. Eduardo e Dr. Aluizio seria paga por Welberth? Mas, qual seria o efeito colateral?

No primeiro momento dar fôlego político e eleitoral a Dr. Aluizio. Com as contas aprovadas na Câmara, o movimento do ainda prefeito será, como o Blog já disse no início, migrar para a oposição a Welberth, se candidatar a deputado federal em 2022 e tentar voltar à Prefeitura em 2024. Isso já está desenhado.

Ou seja, o ‘chapéu de dois bicos’ que Dr. Eduardo está usando agora só cobre a cabeça dele. Aliás, nessa conta por espaços políticos não se pode esquecer a grande quantidade de vereadores eleitos pela primeira vez também – alguns, ávidos por indicações no Executivo.

Mas, caso Dr. Eduardo decida deixar a votação para o ano que vem, há outro desdobramento possível: a nova Câmara terá recebido de presente (as contas de Dr. Aluizio) algo com o qual poderá negociar com Welberth deixando o futuro prefeito num ‘bola ou búlica’ já em seu primeiro ano de Governo. A conferir!