Terça-feira, 9 de janeiro de 2018. Um dia que Macaé gostaria de esquecer. A violência, o medo e a insegurança provocados pela disputa de poder entre duas facções criminosas, voltou a expor a inoperância do Governo do Estado no interior e a impotência da população frente ao poder do crime organizado.
Não foram apenas ônibus incendiados, tiroteio em pleno Centro, o comércio de portas fechadas e a SIT deixando milhares de passageiros sem ter como voltar para casa que marcaram este dia. As mortes de um PM e outras 4 pessoas (números ainda não confirmados), transformaram a Princesinha do Atlântico num front de batalha.
A imprensa tradicional, as páginas de Facebook e grupos de Whatsapp mantiveram a todos informados – apesar dos desencontros de notícias e postagens “fakes” misturadas ao trabalho incansável realizado. Cenas de uma guerra que ninguém aguenta mais assistir e, em alguns casos, protagonizar.
O dia de ontem foi mais uma fratura exposta de um Estado que agoniza. Enquanto o medo predominava, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se calava. Nenhuma nota oficial, entrevista ou telefonema para o prefeito, Dr. Aluízio (PMDB) – ao menos que tenha sido informado à imprensa – foi dado. Um descaso absoluto com mais de 200 mil pessoas.
Nesta quarta-feira, 10, uma coletiva de imprensa foi convocada às 9 horas, para que as autoridades expliquem as operações conjuntas das polícias Civil, Militar e Federal no enfrentamento ao tráfico em Macaé. É preciso reunir coragem e forças para viver e vencer mais este dia. De preferência, sem esquecer o de ontem em mais um ano eleitoral.