Estabelecida por Decreto do Executivo, a Comissão da Prefeitura de Macaé formada pelo procurador geral, controlador e secretário de Recursos Humanos, já deu início a apuração de denúncias de que servidores comissionados são obrigados a devolver parte dos salários a padrinhos políticos que fizeram suas indicações.
Para se ter uma ideia, há rumores de existir no primeiro escalão do Governo Municipal quem abocanhe uma fatia dos vencimentos de dezenas de comissionados todos os meses. A Comissão vai investigar todos estes casos.
Contudo, não apenas a relação entre comissionados e seus superiores deveria pautar o trabalho da Comissão. Isso porque, o Blog teve acesso a uma lista de nomes de servidores estatuários que precisam explicar a mágica da multiplicação dos salários.
Um dos exemplos é um instrutor de capoeira lotado na Secretaria de Mobilidade Urbana, e que tem como salário-base pouco mais de R$ 1.659. Entretanto, o mesmo servidor tem como vencimento bruto mais de R$ 12.376. Com os descontos mensais, cai liquido em sua conta exatos R$ 9.284.
Além desse, outros casos chamam bastante atenção, como o de um guarda municipal, que exerce função de coordenador, e tem como salário-base R$ 5.200, mas que no final das contas recebe mais de R$ 12.250. Nada mal, não é?!
Ou ainda o de um secretário municipal que tem duas matrículas (fiscal de obras e assistente administrativo) que, somados os salários-base, totalizam algo em torno de R$ 7 mil, mas que com todos os benefícios e descontos, coloca a mão numa bolada: R$ 27.300.
Um dos mais curiosos casos a que o Blog teve acesso, no entanto, é de um fiscal de posturas lotado na Secretaria de Recursos Humanos – a mesma que faz parte da Comissão que investiga irregularidades nos vencimentos dos comissionados. O salário-base é de R$ 4.255, o bruto chega a R$ 19.276 e livre todos os meses ele recebe R$ 12.482.