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Estado: Firjan projeta crescimento de 0,8% do PIB fluminense este ano – quase 2% menor que em 2022

Estudo divulgado pela Firjan projeta crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense em 2023. A federação explica que fatores no cenário internacional influenciam negativamente nas expectativas e que, no Brasil, a falta de definição de um arcabouço fiscal, de agenda de reformas estruturais e a alta taxa de juros corroboram para projeção de forte desaceleração do PIB do país e do estado do Rio.

No ano passado, a indústria registrou crescimento de 4,3% no último ano diante do aumento da produção da cadeia de petróleo e gás e do forte crescimento da construção civil. Estes setores são os que continuarão influenciando positivamente na economia fluminense, segundo a Firjan.

O estudo ressalta que as receitas de royalties assumirão papel importante no equilíbrio das contas do estado, sobretudo em contexto de limitação da alíquota de ICMS sobre bens essenciais. No entanto, a federação pontua que a perspectiva é de crescimento ainda pouco disseminado entre os segmentos industriais e de forte desaceleração do setor de serviços.

“Apesar da previsão de que teremos um resultado positivo no estado do Rio neste ano, a perspectiva é de forte desaceleração. O Brasil precisa urgentemente de um novo arcabouço fiscal e de agenda de reformas estruturais que vão garantir o crescimento sustentável do país. A reforma administrativa e uma reforma tributária que traga simplificação, neutralidade, transparência e isonomia entre os setores da economia precisam avançar”, diz o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Petróleo foi vetor do crescimento em 2022

Estimativa da Firjan aponta que o PIB do estado do Rio cresceu 2,7% em 2022. O estudo da federação destaca que, embora o ano tenha sido marcado por sucessão de turbulências socioeconômicas e geopolíticas, fatores ligados ao cenário nacional, como a aprovação de medidas tributárias envolvendo combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, foram determinantes para o crescimento da economia fluminense.

De acordo com o estudo, a indústria registrou crescimento de 4,3% no último ano diante do aumento da produção da cadeia de petróleo e gás e do forte crescimento da construção civil. Porém, ressalta que o avanço da produção esteve concentrado em poucos setores e que indicadores de curto prazo apontam desaceleração do setor.

“Estes números refletem os dados da geração de empregos, especialmente em Macaé, que acumula saldos consecutivos de crescimento graças justamente às áreas de petróleo e de construção civil. E demonstra também, mais uma vez, a importância da região para a economia estadual – importância esta que deve ser revertida em investimentos em infraestrutura, para que possamos avançar cada vez mais”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

A estimativa é de que o setor de serviços tenha crescido 2,2% e que, por ter o maior peso (65,4%) na economia fluminense, exerceu a maior influência positiva para o crescimento do PIB fluminense no ano passado. A Firjan destaca que o setor avançou de forma consistente ao longo do ano em consequência da maior circulação de pessoas, da recuperação do emprego e da desaceleração inflacionária. No entanto, o estudo aponta que o desempenho dos serviços no estado do Rio foi inferior à média nacional do setor.