Do lado de fora luzes de natal. Do lado de dentro guerra! Esse é o clima na Câmara de Carapebus. Na terça-feira, 5, seis – de um total de nove – vereadores (Anselmo Prata, Borginho, Wagner Melo, Marquinho Pacato, Maicon Véio e Deut) decidiram peitar a presidente da Casa, Tânia Cabral.
Unidos, os vereadores entraram na sala da presidente e exigiram que Tânia marque uma nova eleição para o início do próximo ano. Embora o mandato dela vá até 31 de dezembro de 2018, um novo pleito pode ser realizado a qualquer momento já que o regimento interno prevê.
São diversas as queixas dos vereadores. Eles alegam que a presidente é autoritária e que no início do ano quis inclusive proibir a entrada dos próprios parlamentares nas repartições do Legislativo sem sua autorização. Outra reclamação constante é que a presidente teria o hábito de vigiar quem entra e sai nos gabinetes de cada vereador.
Além disso, os vereadores não gostam da influência do marido da presidente, o ex-vereador Renato Silva. De acordo com informações, Tânia tem dificuldades de leitura e compreensão de simples documentos e que em muitas reuniões com vereadores ela precisa chamar o marido para dar explicações. Parece que, a exemplo do que acontece na Prefeitura onde Christiane Cordeiro não consegue fazer nada sem os comandos do ex-prefeito Eduardo Cordeiro, Tânia Cabral também depende totalmente de Renato Silva.
Aliás, Renato teria arrumado muitas inimizades com os vereadores pelo hábito de ouvir conversas e correr até a casa dos prefeitos. Dizem que foi assim com todos os prefeitos e que até hoje isso ocorre.
Contudo, o principal problema entre a presidente e os vereadores é a falta de confiança. Os vereadores estão certos que Tânia Cabral não apenas esconde o doce, mas como come o pote inteiro sozinha. Os vereadores querem a lista de assessores e a cópia dos contratos. Mas Tânia não entrega!
Por isso, os vereadores Anselmo e Deut ameaçam requerer informações e se necessário ir até o Ministério Público fazer denúncias de supostos esquemas na Câmara. Vale lembrar que Tânia é alvo de um processo datado de 2009 onde o Ministério Público a acusa de formação de quadrilha, estelionato e pede a cassação dos seus direitos políticos por dez anos, além da condenação ao pagamento de R$ 159 mil reais.
Segundo apurou o Blog, o grupo está unido e pronto para rebater as possíveis tentativas de Christiane e Eduardo em reverter o posicionamento do bloco. O novo presidente e seu vice já foram escolhidos pelo bloco e podem dificultar bastante as coisas para o Governo a partir do ano que vem. A conferir!