Carapebus: após megaoperação no Rio, prefeito defende municipalização da segurança

Carapebus: após megaoperação no Rio, prefeito defende municipalização da segurança

A grande apreensão de drogas registrada nesta quinta-feira, 30, em Carapebus reacendeu um debate importante sobre o futuro da segurança pública nos municípios do interior fluminense. Enquanto o Rio de Janeiro vive dias de tensão após a megaoperação policial, o prefeito de Carapebus, Bernard Tavares (CID), defendeu publicamente a necessidade de uma política municipal de segurança mais forte, estruturada e permanente. Para ele, o momento exige ação inteligente e coordenada, capaz de impedir que o cenário caótico da capital se repita nas cidades menores.

Em declaração nas redes sociais, o prefeito destacou que “a prevenção sempre será melhor que o remédio” — uma frase que resume bem a ideia central de sua proposta. Segundo Bernard, não basta reagir à criminalidade, é preciso agir antes que ela se instale. Nesse sentido, a municipalização da segurança pública surge como uma alternativa para dividir responsabilidades entre município, Estado e União, aproximando o poder público das realidades locais e tornando as respostas mais rápidas e eficazes.

O chefe do Executivo também enfatizou que a ausência de políticas de prevenção cria terreno fértil para o avanço da criminalidade. “O que aconteceu no Rio foi necessário, pois não existe política de prevenção em zona de terror e guerra”, afirmou. Ele defende que os prefeitos assumam um papel mais ativo na ponta, com ações integradas entre guarda municipal, programas sociais, monitoramento urbano e parcerias com as forças de segurança estaduais.

Enquanto isso, o comando do 32º BPM — responsável pelo policiamento em Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, Carapebus e região — anunciou ter reforçado a vigilância nas cidades sob sua atuação, com o objetivo de impedir que criminosos em fuga da capital tentem se esconder no interior. A medida busca garantir a tranquilidade dos moradores e reforça a necessidade de integração entre os diferentes níveis da segurança pública.

O alerta de Carapebus é um convite à reflexão para toda a região dos Lagos e Norte Fluminense. O que hoje é um problema distante pode, em pouco tempo, bater à porta das pequenas cidades se não houver planejamento. “Não deixar entrar sempre será melhor que expulsar”, resumiu Bernard, defendendo uma política local de segurança pública que una inteligência, legalidade e presença constante.