Desde 15 de agosto de 2008, os motoristas que passam diariamente pela rodovia BR-101 convivem com os serviços prestados – e caros, pagos em quatro praças de pedágios – pela Autopista Fluminense. A tarifa básica atual cobrada é de R$ 5, com novo reajuste programado para fevereiro de 2018.
A Autopista – nome fantasia da empresa Arteris S.A., que integra o Grupo Abertis – está obrigada contratualmente a realizar investimentos, como a duplicação da rodovia e um viaduto em Casimiro de Abreu, dentro de um cronograma estabelecido ao longo dos 25 anos de concessão.
Entretanto, segundo o presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, Altineu Côrtes (PMDB), a concessionária estaria atrasada em mais de R$ 300 milhões em obras que já deveriam ter sido entregues aos usuários.
“Estamos fazendo uma pressão violenta sobre a ANTT, agência que regula as concessões, para que estes investimentos sejam feitos pela empresa”, frisou o deputado ao Blog, mencionando ainda outras obras atrasadas, como o contorno em Campos, a terceira pista na Rodovia Niterói-Manilha e a conclusão da duplicação da pista.
Se por um lado Altineu ainda trava uma luta com a Autopista para que as obras sejam feitas, por outro o deputado anunciou que a duplicação da BR-356, no trecho entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra, está garantida. Isso porque, no início do mês, o parlamentar incluiu um valor de R$ 20 milhões na Lei Orçamentária-2018 do Governo Federal para a obra.
A intervenção no trecho da rodovia, com aproximadamente 50 km de extensão e que é o principal acesso ao Porto do Açu, um dos maiores empreendimentos da América Latina no últimos anos, visa impedir acidentes com o aumento flagrante no fluxo, sobretudo, de caminhões.