Profissionais da saúde que atuam na Atenção Primária de Arraial do Cabo estão participando, nesta terça (8) e quarta-feira (9), de uma formação voltada ao cuidado integral da saúde do homem e à proteção de meninas e mulheres diante da violência de gênero. O curso acontece no auditório da Secretaria Estadual de Saúde, no Rio de Janeiro.
A atividade tem como foco qualificar os trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS) dentro da Estratégia Nacional de Saúde do Homem e Masculinidades (EQUALISAH). A proposta é ampliar o olhar sobre o papel da APS tanto no atendimento ao homem em situações de violência, quanto na prevenção e enfrentamento das violências que atingem diretamente meninas e mulheres.
Com uma programação diversificada, os participantes estão debatendo temas como: a construção social das masculinidades e seus impactos na saúde; o papel da APS no acolhimento de homens em contextos de violência; diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH); e caminhos possíveis para um plano de ação efetivo que una cuidado masculino e proteção de vítimas femininas.
O encontro é mediado pelo Coordenador Estadual da Saúde do Homem, Giovani Dimas, e pelo Coordenador Nacional da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, Rafael Magalhães, que vêm promovendo o debate em diferentes regiões do estado.
Durante os dois dias de capacitação, os profissionais terão a chance de trocar experiências e aprofundar reflexões sobre as conexões entre saúde, gênero e violência, com foco em práticas integradas e mais sensíveis no atendimento à população. A expectativa é que, com a qualificação, a rede de saúde do município consiga fortalecer sua atuação frente à complexidade dos casos de violência e contribua para um Sistema Único de Saúde (SUS) mais inclusivo e resolutivo.
Para Adriane Mello, coordenadora da Saúde do Homem na APS de Arraial do Cabo, reconhecer a violência como um fenômeno de múltiplas causas é essencial para avançar nas políticas públicas. “A Atenção Primária, especialmente através da Estratégia de Saúde da Família, pode identificar situações de violência e encaminhar corretamente, tanto no apoio às mulheres quanto no acolhimento dos homens, promovendo um cuidado integral. Cuidar da saúde dos homens também é uma forma de proteger mulheres e meninas”, reforça.