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Macaé

Agroeconomia apoia silagem de produtores rurais em Macaé

Técnica reduz custos com ração e garante qualidade dos alimentos que chegam ao consumidor

Com apoio técnico da Secretaria Municipal de Agroeconomia, o produtor rural Lacerda de Oliveira da Silva, 58 anos, tem produzido 500 litros de leite diariamente, que seguem para a cooperativa de laticínios. Ele conta que dobrou a capacidade da sua produção e, também, a qualidade do produto ao optar pela silagem – ração para os gados de leite vinda do plantio próprio de milho híbrido em 12 mil metros quadrados de terra, na sua propriedade, localizada no Aterrado do Imburo, em Macaé. Ele e sua família, a esposa Renata Gaspar Lima, 52 anos, e a filha Camila Gaspar Oliveira, 15, se dedicam todos os dias à agricultura familiar.

O secretário de Agroeconomia, Eduardo Jardim, destaca que o processo de apoio ao pequeno produtor começa com a visita técnica, por meio da identificação da área de plantio, realizada com GPS, coleta de amostra da terra que segue para análise, além de suporte de insumos, com doações de calcário e adubo. Lacerda é um dos cerca de 800 produtores da agricultura familiar assistidos pelo órgão.

Lacerda explica que a silagem é uma técnica que contribuiu com o aumento do peso do animal. “Conseguimos dobrar a produção, com o melhoramento da ração orgânica. Além do retorno financeiro, pois economizamos com a ração que seria comprada, a técnica ajuda também o consumidor final que recebe o leite com melhor qualidade”, frisa o produtor.

“Com a silagem é produzido um milho híbrido, de maior volume, com o aumento de grãos favoráveis para o gado que irá recebê-lo. Ele custa, em média, R$ 50,00 o quilo. Portanto, se não houvesse esse plantio próprio para transformá-lo em ração, com o apoio técnico da secretaria, o produtor não conseguiria dar essa ração de qualidade ao seu gado e, com isso, aumentar a sua produção”, explica o secretário.

O técnico de agropecuária, Daniel Barreto, pontua que, após o plantio do milho, a colheita é realizada em três meses. Ele acrescenta que nessa safra, Lacerda plantou 55 toneladas e espera a colheita seguinte prevista para os próximos 50 dias. Com 40 gados de leite, o produtor espera ter alimento para cerca de 60 dias. As orientações são da equipe técnica da Secretaria de Agroeconomia, formada ainda pelos técnicos Rui Barbosa e Edson Terra, que estão sempre na propriedade dando o suporte necessário ao produtor.

“A ração por meio da silagem é uma suplementação para o gado de leite, que tem uma exigência nutricional grande e somente o pasto não é suficiente para a sua alimentação”, afirma Daniel.

Silagem

Seu Lacerda está na propriedade desde 2010, mas é produtor há 30 anos. Ele escolheu a silagem, uma técnica milenar, mas que promete ser o futuro da agropecuária com o cultivo do alimento sustentável utilizado para ração. A silagem começa com a escolha do milho, sorgo, capim, entre outros, que são cultivados com um cuidado especial. O momento certo da colheita é fundamental como, por exemplo, ponto de maturação ideal para a garantia do valor nutricional.

Após a colheita, a forragem é picada. Essa etapa é rápida, evitando a perda de nutrientes. A forragem picada é compactada em silos, onde ocorre a fermentação anaeróbica. Este processo preserva o alimento e mantém seu valor nutritivo por meses.

“A silagem não é apenas eficiente, mas também econômica. Reduz a dependência de rações compradas, diminuindo os custos de produção. Além disso, contribui para a saúde e produtividade dos animais, resultando em produtos de alta qualidade para o consumidor”, comenta Lacerda.


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