Depois que o Blog publicou esta semana com exclusividade a possibilidade de que o Hospital São João Batista interrompesse o atendimento pelo SUS por não receber repasses da Prefeitura, respectivos à contratualização, há quase um ano, o Governo enviou à Câmara pedido de anulação das chamadas emendas impositivas feitas para a Saúde para que R$ 13 milhões sejam redirecionados às unidades.
O projeto foi defendido pelo presidente da Câmara, Dr. Eduardo (PPS) e também por Julinho (PPL), que na sessão desta quarta-feira, 25, confirmaram a notícia dada pelo Blog e disseram estar presentes à reunião na última sexta-feira que contou ainda com a secretária de Saúde, Idelzita Lisboa, além dos diretores da Santa Casa e o prefeito, Dr. Aluízio (PMDB).
Ao longo da reunião, contudo, outros parlamentares fizeram a defesa da proposta, casos de Val Barbeiro (PHS), Cesinha (PTN), Welberth Rezende (PPS), Marvel Maillet (Rede) e George Jardim (PMDB).
Maxwell Vaz (SDD), contudo, fez críticas severas à proposta do Executivo pelo fato de, no texto enviado pelo Governo, não estar explícito a quantia deste montante que será direcionada ao São João Batista. Isso porque, na reunião, o compromisso verbal assumido pelo prefeito e pela secretária foi de direcionar R$ 5 milhões à Casa de Caridade e o restante ao HPM.
“O Governo está humilhando os vereadodes mais uma vez, nos fazendo de otários”, frisou Maxwell que, mesmo após os discursos da bancada governista, não mudou de opinião e chegou a rasgar uma cópia do projeto durante seu discurso.
Marcel Silvano (PT), por sua vez, também criticou o projeto porque, de acordo com ele, a proposta está na Casa desde agosto e somente agora essa discussão veio à tona. “Não há garantia de que o Governo vai cumprir o que não está escrito. Fico numa sinuca de bico”.
Maxwell propôs, então, que para que a oposição apoiaria o projeto sob a condição de que, caso o Executivo descumpra o que foi anunciado pelo prefeito, que a Câmara convocasse o prefeito no plenário para dar explicações. Marcel, como líder da bancada, endossou a proposta.
Líder do Governo no Legislativo, Márcio Bittencourt (PMDB) fez o contraponto e afirmou que, caso o Executivo descumpra o que assumiu em reunião, ele entregaria a função na Câmara ao prefeito. Já Dr. Eduardo pôs a presidência como garantia.
No final, a proposta foi aprovada por unanimidade tendo Dr. Eduardo e Márcio como “avalistas”.