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Nova Friburgo: com voto de Professor Pierre, Câmara rejeita pedido de abertura de CPI contra Renato Bravo

Já passavam das 23 horas desta terça-feira, 20, quando a Câmara de Nova Friburgo rejeitou, por 14 votos contrários, o pedido de instalação de uma Comissão Processante contra o prefeito, Renato Bravo (PP).

Após a extensa leitura da peça em plenário, os discursos dos parlamentares favoráveis e contrários ao acolhimento das denúncias deu o tom da disputa entre situação e oposição. A não ser por um voto em especial.

Professor Pierre (PSB), crítico ferrenho do Governo, apresentou argumentação consistente sobre os motivos que o levariam a votar pelo não acolhimento das denúncias. Isso porque, o parlamentar – reconhecido por ser estudioso – ressaltou não haver tipificação de crime e nem provas que sustentassem uma possível CPI.

Em outras palavras, Pierre desmontou os argumentos dos outros 4 vereadores do chamado ‘G5’(Johnny Maycon, Marcinho, Zezinho do Caminhão e Wellington Moreira) que ignoraram o embasamento técnico apresentado pelo pessebista.

Além do quarteto, Cascão do Povo e Dr. Luiz Fernando – que já foi secretário de Saúde – também deram voto político pela abertura da Comissão Processante. Outros vereadores, como Nami Nassif e Isaque Demani, que são advogados, defenderam que a peça era inepta, ou seja, sequer deveria ter sido votada em plenário.

Os dois vereadores acompanharam Pierre e ressaltaram não haver provas e nem mesmo a tipificação de nenhum crime cometido pelo prefeito nas denúncias, apenas apontados indícios de improbidade administrativa – o que é, segundo eles, de competência da Justiça julgar.

Por fim, o presidente do Legislativo, Alexandre Cruz, ironizou as diversas críticas e ataques à Câmara que constam no texto da denúncia. O parlamentar chegou a dizer que não sabia se o pedido de CPI era contra o prefeito ou contra os vereadores e anunciou o arquivamento do pedido.

A avaliação de quem acompanha o cenário político friburguense é de que a oposição foi derrotada mais uma vez e, mais do que isso,  sai fraturada com o posicionamento de Pierre já que o ‘G5’ dava como certo o voto sim do professor.