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Macaé: oposição critica municipalização, mas vota a favor de requerimento para que Prefeitura contrate mão-de-obra da Cedae

A Câmara aprovou na sessão desta quarta-feira, 8, requerimento de autoria do presidente do Legislativo, Dr. Eduardo (PPS), que pede ao Governo que contrate a mão-de-obra da Cedae para que seja aproveitada no sistema municipalizado de abastecimento de água.

A proposta – aprovada por unanimidade, apenas com a abstenção de Luciano Diniz (MDB), concursado da estatal e, por isso, impedido de votar – provocou inúmeros debates paralelos entre os vereadores. A tônica, contudo, é de que a iniciativa do Governo deu um ‘nó’ na oposição.

Marcel (PT), Robson Oliveira (PSDB) e Marvel (Rede) se esforçaram, mais uma vez, para criticar o projeto do Governo e, ao mesmo tempo, não defender a Cedae. Missão quase impossível, vale dizer, uma vez que há 20 anos a cidade enfrenta a precariedade do serviço que o bloco oposicionista diz temer que isso se repita com a Prefeitura no comando da operação a partir de agora.

O discurso da oposição fica numa espécie de ‘limbo político’. Isso porque, entre torcer contra e levantar suspeitas sobre as condições técnicas para que a Prefeitura conduza o abastecimento, os vereadores votaram favoráveis à proposta de Dr. Eduardo que contempla os funcionários da Cedae. Um quase ‘salvo-conduto’ caso a iniciativa dê certo e caia no gosto popular nesta reta final de mandato.

Aliás, quem melhor sintetizou a discussão foi o próprio chefe fo Legislativo em seu discurso de defesa da matéria. Dr. Eduardo criticou a Cedae e sua inoperância em mais de duas décadas. Questionou os milhões que a empresa diz ter investido na cidade e lembrou que em bairros como o Lagomar a população nunca recebeu água encanada.

“Vai dar errado em dias o que já é muito ruim há 20 anos?!”, enfatizou. A verdade é que depois de aprovada na Câmara a municipalização, de receber parecer favorável do MP e de ter uma proposta aprovada que contempla os antigos funcionários da Cedae, pode ficar bem difícil para a oposição construir o discurso se uma gota de água sair na torneira de quem mora, principalmente, na periferia, entende?!