Ainda repercute muito – e mal para o Governo Municipal – a aprovação, na sessão desta quarta-feira, 27 – do chamado “pacote de maldades” enviado pelo prefeito de Casimiro de Abreu, Paulo Dames (PSB), à Câmara. A bancada de situação aprovou em regime de urgência quatro projetos de leis que aumentam e criam impostos na cidade e entram em vigor a partir de janeiro do ano que vem.
Os únicos votos contrários aos projetos foram dados pelos vereadores Dr. Adriano Lima e Ramon Gidalte. Aliás, o médico defendeu a redução de salários do prefeito, vice e secretários em lugar de penalizar mais uma vez a população num momento de crise que o município atravessa.
“Se há necessidade de aumentar a arrecadação municipal, se está faltando dinheiro, por que não começamos diminuindo os salários do Poder Executivo? É uma covardia aumentar os impostos para fechar as contas da prefeitura enquanto a maioria dos cidadãos se encontra desempregada”, argumentou.
O chamado de “pacote de maldades” prevê aumentos da taxa de iluminação pública, tarifa de recolhimento de lixo e na cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviço), para diversas categorias profissionais e empresas de cartão de crédito – o que vai prejudicar ainda mais a situação dos empresários da cidade.
“Se pagássemos os impostos e os serviços funcionassem, poderíamos até concordar com a necessidade de se aumentar recolhimento. Mas o que acontece é diferente. Pagamos a mais e continuamos sem os serviços. Essa desculpa, para mim, não cola. Há outras formas de se equilibrar as contas sem penalizar o cidadão que já vive com dificuldade”, frisou o vereador.