Câmara de Macaé analisa projeto que garante reabilitação e próteses a mulheres mastectomizadas

Câmara de Macaé analisa projeto que garante reabilitação e próteses a mulheres mastectomizadas

A Câmara Municipal de Macaé está analisando um projeto de lei que promete mudar a vida de dezenas de mulheres que enfrentaram o câncer de mama e passaram pela mastectomia. A proposta, de autoria da vereadora Liomar Queiroz (AGIR), assegura o direito à reabilitação física e funcional na rede pública de saúde, além do acesso prioritário a próteses mamárias e apoio psicossocial.

O texto nasce de uma realidade dura. Em todo o país, o câncer de mama segue como a principal causa de morte por neoplasias entre mulheres. Após a cirurgia, muitas enfrentam sequelas que vão além das cicatrizes físicas — há dores, limitações de movimento e uma profunda ferida na autoestima. A reabilitação, segundo especialistas, é tão essencial quanto o tratamento oncológico em si.

O projeto garante que essas mulheres tenham prioridade no agendamento e na continuidade do tratamento, respeitando critérios clínicos e de urgência. A proposta prevê fisioterapia motora e linfática, reabilitação funcional, ações educativas sobre autocuidado e prevenção do linfedema, além de apoio emocional, quando necessário.

Saúde e dignidade para mulheres

Outro ponto de destaque é a previsão de acesso a próteses internas e externas, órteses mamárias e outros dispositivos que ajudem na recuperação física e emocional. “Mais do que estética, trata-se de saúde e dignidade”, afirma Liomar na justificativa do texto.

A vereadora também propõe que o município possa firmar parcerias com hospitais, universidades e clínicas-escola para ampliar o alcance do programa. A ideia é fortalecer a atenção oncológica e garantir um cuidado mais humano e completo às pacientes da rede pública.

Ainda em tramitação, o projeto é visto como um avanço civilizatório e um gesto de empatia do poder público com mulheres que lutam diariamente pela vida — e pela reconquista de si mesmas. Se aprovado, Macaé pode se tornar referência no acolhimento e na reabilitação pós-mastectomia em todo o estado do Rio de Janeiro.