Não há nada que esteja ruim que não possa ser piorado. Pelo menos, essa parece ser a máxima que norteia os passos do prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto (PMDB), que através de Decreto publicado no Diário oficial que circula esta semana, cria “Rio das Ostras Rotativo – ESTAR/RO” – o Sistema de Estacionamento Rotativo para veículos automotores nas vias, áreas e logradouros públicos do município.
O Rio das Ostras Rotativo será administrado, fiscalizado e controlado pela Secretaria Municipal de Transportes Públicos, Acessibilidade e Mobilidade Urbana e a fiscalização de trânsito ficará a cargo da Secretaria Municipal de
Segurança Pública, conforme disposto no art. 6º do Decreto.
No sistema criado por Carlos Augusto será operado com a utilização de talões impressos, terminais portáteis e/ou parquímetros multivagas e/ou outro meio disponível. O tempo de permanência nas vagas será controlado pela fiscalização, através dos meios de utilização e funcionamento a serem definidos pela Secretaria de Trânsito.
O Decreto prevê ainda que o veículo que exceder o período de estacionamento contínuo adquirido e/ou que não tiver o comprovante de aquisição do tempo de estacionamento e do pagamento da tarifa, será considerado usuário em situação irregular no estacionamento, bem como, devedor da tarifa.
A partir de então, turistas e moradores da cidade terão de pagar os seguintes valores para estacionar por 1, 2, 4 ou mais horas numa vaga nas ruas centrais: R$ 1.5, R$ 3, R$ 6, R$ 12 e R$ 20. Nos casos em que o tempo de permanência seja infringido ou o motorista não tenha adquirido o tícket obrigatório, será necessário desembolsar até R$ 48.
A medida tomada pelo prefeito causou revolta na cidade desde sábado. Nas redes sociais, são veementes as críticas a Carlos Augusto e os questionamentos sobre a criação de um Rotativo numa cidade que precisa do turismo para continuar sobrevivendo em meio à grave crise econômica.