A Câmara Municipal de Macaé deu o primeiro e importante passo para instituir um programa pioneiro de enfrentamento às intoxicações por metanol, substância que tem provocado mortes em diferentes regiões do Brasil nas últimas semanas. O projeto foi lido na primeira discussão esta semana e deve ser votado em plenário nos próximos dias.
A proposta, de autoria da vereadora Dra. Mayara Rezende (CID), cria a Política Municipal de Prevenção, Vigilância e Enfrentamento à Intoxicação por Metanol, com ações que vão desde a capacitação de profissionais de saúde até o fortalecimento da fiscalização contra a produção e venda de bebidas adulteradas. O texto também prevê protocolos de notificação de casos suspeitos e atendimento prioritário às vítimas.
O tema ganha relevância em meio a uma onda de tragédias que vêm chocando o país. Nas últimas semanas, diversas pessoas morreram após consumir bebidas destiladas com presença de metanol — um álcool altamente tóxico, usado em produtos industriais, que pode causar cegueira, falência múltipla dos órgãos e até a morte.
O projeto também propõe a criação de um banco de dados municipal para registrar casos suspeitos e confirmados, além da articulação entre a Prefeitura, a Vigilância Sanitária, o Ministério Público e as forças de segurança. A meta é tornar Macaé referência em prevenção e resposta rápida diante de possíveis contaminações.
Se aprovado, o programa colocará o município na vanguarda da proteção à saúde pública, transformando em política permanente o que hoje depende apenas de operações pontuais e emergenciais. Em tempos de tantas perdas evitáveis, a proposta representa um passo importante para salvar vidas e garantir mais segurança à população.
