Macaé: Câmara quer garantir entrega de remédios na casa de pacientes crônicos e idosos com criação de programa

Macaé: Câmara quer garantir entrega de remédios na casa de pacientes crônicos e idosos com criação de programa

A Câmara de Macaé discute um projeto de lei que pode transformar a vida de quem depende diariamente de medicamentos. De autoria dos vereadores Leandra Lopes (PT) e Alan Mansur (CID), o Programa “Remédio em Casa” pretende levar remédios de uso contínuo diretamente às residências de idosos, pessoas com deficiência, pacientes acamados e portadores de doenças crônicas cadastrados na rede municipal de saúde.

Segundo a proposta, o objetivo é facilitar o acesso a tratamentos essenciais, reduzir filas nos postos de saúde e aumentar a adesão às prescrições médicas. Muitas vezes, a dificuldade de locomoção ou a dependência de terceiros faz com que pacientes interrompam o tratamento, com consequências graves para a saúde. O programa, ao entregar os medicamentos em casa, busca eliminar essas barreiras e garantir mais dignidade para quem já enfrenta tantas limitações.

Cuidado que vai além do remédio

Os autores do projeto ressaltam que a iniciativa não se limita à entrega dos medicamentos. A proposta prevê também orientação profissional sobre o uso correto, acompanhamento periódico das necessidades de cada paciente e respeito às normas de segurança sanitária no armazenamento e transporte. Na prática, trata-se de levar não apenas o remédio, mas também atenção e cuidado à porta de quem mais precisa.

A medida pode trazer impactos positivos para todo o sistema de saúde do município. Ao garantir que os tratamentos não sejam interrompidos, o programa tende a reduzir internações hospitalares, complicações médicas e atendimentos de urgência. Ou seja, além de melhorar a qualidade de vida dos beneficiários, o “Remédio em Casa” pode ajudar a desafogar a rede pública de saúde e gerar economia indireta para os cofres municipais.

Nos próximos dias, o projeto passará pela segunda discussão e votação no Legislativo. Caso seja aprovado e regulamentado pelo Executivo, Macaé dará um passo importante na humanização do atendimento em saúde pública. Para os vereadores autores, mais do que uma política, trata-se de um gesto de respeito aos cidadãos que convivem diariamente com limitações físicas e financeiras, mas que não podem ter sua saúde negligenciada.