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Frente Pró-Ferrovias da Alerj promete enviar documento à União sobre trecho da EF-118 no Rio

Depois da polêmica apresentação do Ministério dos Transportes sobre o projeto da Estrada de Ferro 118 (EF-118), também conhecida como Ferrovia Rio-Vitória, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) entrou na briga para garantir a construção do trecho fluminense.

Em audiência pública realizada nessa segunda-feira, 24, parlamentares da Frente Pró-Ferrovias Fluminenses, da Alerj, prometeram enviar ao Ministério dos Transportes um documento enfatizando a importância da construção integral da EF-118.

A polêmica começou no final de janeiro, quando o Ministério dos Transportes apresentou projeto que garantia apenas a construção do chamado “Trecho Norte” da EF-118, ligando o Porto do Açu, em São João da Barra, ao município de Anchieta, no Espírito Santo (ES), deixando em aberta a construção do “Trecho Sul”, entre o Porto do Açu e o município de Nova Iguaçu.

O tema gerou insatisfação em diversos municípios fluminenses, e vários prefeitos foram às redes sociais cobrar a obrigatoriedade de construção do trecho fluminense da EF-118, como os prefeitos do Rio, Eduardo Paes (PSD); de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA); e de Maricá, Washington Quaquá (PT), entre outras lideranças fluminenses.

Nessa segunda, a Frente Pró-Ferrovias da Alerj, coordenada pelo deputado estadual Luiz Paulo (PSD), anunciou, que além do documento enviado à União, fará o acompanhamento das vistorias do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (CREA-RJ) nos modais metroviários do Estado.

A Alerj lembra que, no início de 2025, o Governo Federal anunciou um investimento de R$ 3,28 bilhões na EF-118, mas apenas para a construção do trecho entre São João da Barra e Anchieta, previsto para iniciar até o fim deste ano, motivo da polêmica.

“O que nos causou surpresa foi que, além do contrato desse processo licitatório estar previsto para ser assinado apenas no final de 2026, com a obra estimada para durar 8 anos, o projeto não inclui o ‘Trecho Sul’ da Ferrovia, que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu. Esse trecho é essencial para o desenvolvimento do Estado do Rio. Precisamos lembrar que ferrovias são indutoras de crescimento, principalmente quando conectam a metrópole ao interior. Vamos levar esses pontos à União e buscar um novo acordo”, afirmou Luiz Paulo.

O parlamentar citou ainda a importância da Reforma Tributária, prevista para 2026, que tem o potencial de atrair novos investidores e impulsionar a indústria, reforçando a necessidade de infraestrutura logística eficiente.

“Com a nova tributação sendo cobrada no destino, o Rio voltará a ser um polo estratégico para a instalação de empresas, já que somos o 2º maior Estado consumidor do Brasil. Ter uma malha ferroviária eficiente e sustentável será fundamental para essa retomada”, ressaltou Luiz Paulo.

Com 495 quilômetros (km) de extensão, a EF-118 promete ampliar a capacidade portuária, beneficiando principalmente os setores do agronegócio e da mineração, com potencial de gerar novos empregos no Estado do Rio, conforme lembrou o presidente do CREA-RJ, Miguel Fernandes y Fernandes.

“Obras de infraestrutura movimentam toda a cadeia produtiva. A engenharia demonstra que a construção completa da ferrovia é viável, mesmo diante de desafios técnicos”, afirmou Miguel Fernandes y Fernandes.

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