CIDADESOmpetro prevê enorme prejuízo na região em caso de aprovação da Reforma Tributária

CIDADESOmpetro prevê enorme prejuízo na região em caso de aprovação da Reforma Tributária

Em nota técnica publicada no início dessa semana, a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo e Gás Natural da Bacia de Campos (Ompetro) propõe a não instituição do Imposto Seletivo (IS) sobre o petróleo e o gás natural, em todas as etapas de sua cadeia produtiva.

Presidida pelo prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho (PSD), a entidade se vê preocupada com os efeitos negativos do Projeto de Lei Complementar 68, de 2024 (PLC68/2024), que regulamenta a Reforma Tributária, e que está em discussão na Câmara Federal.

Na nota, a Ompetro, que conta com os municípios de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos, Carapebus, Casimiro de Abreu, Macaé, Niterói, Quissamã, Rio das Ostras e São João da Barra, defende a alteração do texto alegando possíveis prejuízos para os estados e municípios produtores de petróleo.

Apontando a importância do setor de óleo e gás para o Estado do Rio de para a Unição, a Ompetro lembra que a tributação é questão fundamental para a cadeia produtiva de petróleo, gás natural e biocombustíveis, afetando sua estrutura de custos, concorrência e competitividade.

Segundo a entidade, a incidência do IS no setor de exploração e produção de petróleo e gás natural representaria um retrocesso tributário e econômico para a indústria, desestimulando novos investimentos e reduzindo potencial de crescimento e desenvolvimento.

“Espera-se, ainda, uma redução das receitas da União, estados e municípios com o setor, como royalties e participações especiais, que já vêm sendo afetados pelas quedas drásticas na produção de petróleo e gás natural da Bacia de Campos nos últimos anos”, ressalta a Ompetro, na nota, acentuando os riscos da inclusão no IS.

Usando cálculos do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP), a entidade aponta que o IS cobrado no setor causará impactos nas receitas, reduzindo em cerca de 7 bilhões de reais por ano, a arrecadação de estados e municípios, principalmente nos estados do Rio (RJ), São Paulo (SP) e Espírito Santo (ES) e seus municípios.