Segundo novo boletim oficial, município já contabiliza 2.788 casos positivos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo divulgou o boletim da dengue atualizado com dados referentes ao período de 1º de janeiro ao último dia 5. Os dados podem sofrer alterações. Há 14 óbitos confirmados em decorrência da doença, dois a mais que o registrado no último boletim. Uma morte ainda continua em investigação pela Secretaria estadual de Saúde (SES/RJ).
Dados do boletim
- 5.277 casos notificados
- 2.788 casos positivos
- 2.489 casos negativos
- 14 óbitos
Dados sobre os óbitos
- Sexo masculino: 9;
- Sexo feminino: 5;
- Faixa etária: 10 a 19 anos: 1; 20 a 29 anos: 1; 30 a 39 anos: 2; 60 a 69 anos: 3; 70 a 79 anos: 3; mais de 80 anos: 4;
- Doenças pré-existentes: 11.
A equipe da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e o Comitê de Combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, continuam monitorando o cenário epidemiológico e promovendo ações de enfrentamento que incluem a capacitação de servidores públicos e da comunidade, realizando de mutirões de limpeza e verificando focos do mosquito nos bairros e distritos. Também tem sido promovida rotineiramente a remoção de veículos abandonados nas ruas da cidade e as visitas domiciliares feitas pelas equipes de agentes de combate às endemias. “É hora de todos agirem. Não deixe água parada”, recomenda a Secretaria Municipal de Saúde.
Devido a diminuição e estabilização no número de novas notificações e casos, o Comitê de Mobilização e Combate à Dengue decidiu pela divulgação dos boletins mensalmente. Em caso de suspeita da doença, os friburguenses devem procurar a unidade de saúde mais próxima e não se automedicar.
Vacinação
A vacinação contra a dengue foi iniciada em Nova Friburgo em 24 de junho para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. De acordo com a prefeitura, o total de vacinados até o momento é de 257 pessoas. A população de 10 a 14 anos aproximada no município, segundo a prefeitura, é de 10.500 pessoas. O município recebeu da SES-RJ 2.691 doses da vacina Q-denga, do laboratório japonês Takeda. Ainda estão em estoque 1.881 do imunizante.
A doença
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e continua a ser uma preocupação significativa para a saúde pública em muitas regiões do Brasil. Conhecer os sintomas e as formas de prevenção é crucial para combater a propagação desta doença.
Sintomas
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de quatro a dez dias após a picada do mosquito infectado. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Febre alta repentina: geralmente, a febre é superior a 38,5°C e pode durar de dois a sete dias;
- Dores de cabeça intensas: a dor é frequentemente localizada atrás dos olhos;
- Dores musculares e articulares: muitas vezes bem intensa;
- Fadiga e cansaço extremo: mesmo após o desaparecimento da febre, a sensação de cansaço pode persistir por semanas;
- Náuseas e vômitos: esses sintomas podem acompanhar a febre e contribuir para a desidratação;
- Erupções cutâneas: podem surgir manchas vermelhas na pele, geralmente entre o segundo e o quinto dia da doença;
- Sangramentos leves: em casos mais graves, podem ocorrer sangramentos nasais, gengivais ou equimoses.
Em casos mais severos, a dengue pode evoluir para a forma hemorrágica, caracterizada por sangramentos mais intensos, queda de pressão e danos a órgãos vitais, exigindo atendimento médico imediato.
Prevenção
Prevenir a dengue é essencial. As principais medidas de prevenção incluem:
- Eliminação de focos de água parada: o mosquito Aedes aegypti se reproduz em água parada. É crucial eliminar ou tratar recipientes que possam acumular água, como pneus, vasos de plantas, garrafas e calhas entupidas.
- Uso de repelentes: aplicar repelentes nas áreas expostas da pele pode ajudar a prevenir picadas de mosquito. É importante seguir as instruções de uso dos produtos.
- Instalação de telas em janelas e portas: utilizar telas de proteção ajuda a impedir a entrada de mosquitos em ambientes internos.
- Roupas protetoras: vestir roupas de manga longa e calças, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos são mais ativos.
- Uso de inseticidas: em áreas com surtos, o uso de inseticidas para eliminar mosquitos adultos pode ser recomendado.
A dengue representa um desafio contínuo para a saúde pública, mas com a adoção de medidas preventivas eficazes, é possível reduzir significativamente sua incidência. A conscientização sobre os sintomas e a colaboração da comunidade são essenciais para combater essa doença e proteger a saúde de todos.
No Brasil, mais de seis milhões de casos no primeiro semestre
O Brasil encerrou o primeiro semestre de 2024 com uma triste estatística: o registro de 6.159.160 casos prováveis de dengue e 4.250 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, há ainda 2.730 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país é, agora, de 3.033 casos para cada 100 mil habitantes e a taxa de letalidade é de 0,07.
Dados divulgados nesta segunda-feira, 1º, em Brasília, mostram que a maior parte dos casos prováveis de dengue em 2024 foi computada entre mulheres (54,8%), contra 45,2% entre homens. Em Nova Friburgo, segundo o último boletim da dengue emitido pela Secretaria Municipal de Saúde estavam registrados até o início de junho 2.115 casos positivos com 12 mortes.
Faixa etária
Ao todo, 49,6% dos casos de dengue este ano no Brasil foram identificados em pessoas brancas, 42,5% entre pardos, 6,2% entre pretos e 0,3% entre indígenas. A faixa etária de 20 a 29 anos concentra a maior parte das vítimas, seguida pela de 30 a 39 anos e pela de 40 a 49 anos.
Entre os estados brasileiros, o Distrito Federal registra o maior coeficiente de incidência de dengue (9.626 casos por 100 mil habitantes). Em seguida, estão os estados de Minas Gerais (8.035), Paraná (5.478), Santa Catarina (4.607) e São Paulo (4.301). Em números absolutos, São Paulo lidera com 1,9 milhão de ocorrências. Em seguida, aparecem Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (626,8 mil), Santa Catarina (350,6 mil) e Goiás (301,5 mil). (Com informações da Agência Brasil)