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Macaé

Macaé: suspeitas de corrupção, queda-de-braço com servidores e não cumprimento de promessas são maiores ‘legados’ de 8 anos de Dr. Aluizio

Definitivamente, esse ‘cara’ não foi ele. Ao assumir o primeiro mandato sob a famosa música cantada por Roberto Carlos, em plena Praça Washington Luiz, quase envolvido numa capa de super-herói, Dr. Aluizio (PSDB) carregava a esperança de milhares de macaenses que esperavam ansiosamente pela ‘mudança’. Oito anos depois, o prefeito se despede do Governo de forma melancólica.

Centralizador, sem palavra, suspeito e investigado por corrupção (citado na Lava Jato, por exemplo), com as contas de 2019 reprovadas pelo TCE, conduzindo uma cidade com índices de desemprego nunca registrados antes, além de milhares de servidores que não o querem ver nem pintado de ouro, Dr. Aluizio termina o segundo mandato hoje, 31, desfigurado politicamente.

Sem nenhuma obra relevante feita ao longo de 8 anos de gestão, apesar dos mais de R$ 20 bilhões arrecadados ao longo deste período, o prefeito coleciona aliados duvidosos, como os ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, e inimigos políticos que construiu a dedo com suas decisões tomadas unilateralmente trancafiado no gabinete ou enquanto ia trabalhar de bicicleta.

Nem é preciso lembrar das muitas promessas feitas à população, mas que não foram cumpridas, como a quebra do monopólio dos transportes, o tratamento de 100% do esgoto na cidade e a solução de uma vez por todas do grave problema do abastecimento de água no município. Aliás, sobre esta última questão quem não se lembra da bravata de municipalizar a Cedae?!

Fora isso, a violência nunca teve contornos tão profundos na cidade como nos últimos anos em Macaé. Projetos sociais de sucesso foram extintos, as enchentes e inundações só pioraram, festas e iniciativas populares deixaram de ser incentivadas, atletas ficaram ‘órfãos’ e a serra macaense conheceu seus anos mais obscuros e de abandono político.

Talvez por tudo isso, Dr. Aluizio deixe o Governo com índices enormes de reprovação e sequer tenha conseguido emplacar um nome (ele tentou alguns) para disputar a sucessão municipal. Ao apagar das luzes de 2020, definitivamente ninguém cantará outra canção para ele que não seja: ‘Vá com Deus’.