Carregando...

BrasilCasimiro de AbreuEstadoGeral

Ex-vereador tem mandado de prisão expedido por reter parte do salário de assessores durante seu mandato

A chamada Operação Retorno está em curso na região nesta quarta-feira, 11, numa força-tarefa do Ministério Público do RJ, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). A ação tem como objetivo cumprir mandado de prisão preventiva contra o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Casimiro de Abreu, Alessandro Macabú Araújo, o “Pezão”.

O ex-vereador foi denunciado pelo MP por obrigar cinco então funcionários de seu gabinete a repassar mensalmente parte dos salários que recebiam pelos cargos para os quais eram nomeados pelo próprio ex-presidente do Legislativo. O caso se tornou público ano passado.

Além de Pezão, o MP também denunciou o ex-chefe de gabinete da presidência da Câmara, Jairo Macabú Soares; o ex-assessor especial da presidência, Wilson da Silva Oliveira Neto; e a sogra de Jairo, Divana Saturnino da Silva, que ocupava cargo em comissão na Câmara de Casimiro de Abreu. Os quatro são acusados pelos crimes de concussão e peculato e associação criminosa.

A operação também cumpre quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos denunciados. De acordo com a denúncia, Jairo e Wilson eram encarregados de recolher todos os meses parte dos salários dos funcionários a mando do ex-vereador.

Já Divana, foi denunciada porque não exercia de fato qualquer função na Câmara. De acordo com o MP, ela recebia entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil por mês, mas ficava apenas com R$ 500 repassando o restante diretamente ao ex-vereador ou a um dos outros dois denunciados.

De acordo com a denúncia, os funcionários obrigados a repassar parte de seus salários ao ex-presidente da Câmara, incluindo Divana, recebiam entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil mensalmente. Cada um deles, no entanto, ficava apenas com cerca de R$ 500 a R$ 700 por mês. O MPRJ também requereu o sequestro dos bens móveis e imóveis dos denunciados e o bloqueio de suas contas bancárias em valores acima de R$ 5 mi