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Coronavírus

Decisão da Petrobras sobre corte da produção e investimentos é prenúncio de desemprego em Macaé e região

Nesta quinta-feira, 26, o anúncio da Petrobras sobre a redução na produção de 100 mil barris por dia além do corte de US$ 3,5 bilhões nos investimentos programados para 2020, que cairão de  US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões, se tornou prenúncio de uma onda de desemprego e recessão em Macaé – cidade que concentra as operações da estatal – e região.

A medida tem como objetivo  reduzir a sobreoferta no mercado externo e a exposição pela redução da demanda mundial de petróleo causada pela pandemia do coronavírus. A empresa anunciou ainda que serão postergadas atividades de exploração, interligação de poços e construção de instalações de produção e refino. Também vai impactar a redução dos investimentos  desvalorização do Real frente ao dólar americano.

Contudo, um dos anúncios mais preocupantes é que a empresa pretende cortar outros US$ 2 bilhões com gastos operacionais com a hibernação das plataformas em operação em campos de águas rasas, com custo de extração por barril mais elevado, que em virtude da queda dos preços do petróleo passaram a ter fluxo de caixa negativo.

Macaé já vem sofrendo os impactos das medidas decretadas pelo prefeito, Dr. Aluízio (PSDB), que mesmo sem um caso confirmado de coronavírus na cidade, isolou as entradas do município e proibiu qualquer atividade laboral até o próximo dia 29. Com isso, uma reação em cadeia teve início.

Primeiro com a Advocacia-Geral da União, seguida da Petrobras, Instituto Brasileiro de Petróleo e Biocombustíveis (IBP), Firjan, Rede Petro BC e entidades como Associação Comercial e Convention Bureau. Todos pressionando o Governo a rever o Decreto para que a economia municipal, regional e nacional não entrem em colapso.